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Crônica 24 - Égua, Belém!

Atualizado: 6 de out. de 2021

Mais uma vez o couchsurfing - aplicativo para hospedagem gratuita -, não me deixou na mão. Ainda em Colares eu fiz alguns contatos e confirmei hospedagem em Icoaraci, na região metropolitana de Bélem. Fui privilegiado com o novo endereço pela facilidade em poder conhecer as ilhas que compõem o arquipélago do Marajó.



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Vista para a baía de Guajará.


O Centro histórico de Belém não é grande como o de Salvador e São Luis. A praça Dom Frei Caetano Brandão é onde fica o maior número de sobrados preservados e guarda o conjunto arquitetônico construídos entre os séculos XVII e XVIII. O famoso mercado Ver-o-Peso também fica nesta região e foi por ele que comecei minha visita ao Centro da capital paraense. Conduzido pelo amigo Matheus de Amaral, saltamos no ponto de ônibus ao lado das Estação das Docas, um complexo de restaurantes que funciona no que já foi o porto da cidade. No local, ainda estão os grande guindastes de ferro que vieram dos Estados Unidos. Há uma grande variedade gastronômica no lugar, com muitos cafés e bares também onde é possível experimentar cervejas locais como a tradicional Amazon Beer e a moderna e perfumada cerveja de bacuri, um fruto abundante na região norte do Brasil, sobretudo no Pará.

Da Estação das Docas também saem passeios de barcos e, nos finais de semana, apresentações de grupos de carimbó, a dança típica do Pará.


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Pote com traços Marajoara.

Seguindo para o Ver-o-peso existem inúmeras barracas de produtos específicos, divididas em boxes e categorias: aves, frutas, ervas e artesanatos. Sem sombra de dúvidas a sessão de ervas medicinais me chamou mais atenção pela quantidade de plantas e variedades de cheiros e cores. Não subestimando o potencial artístico do lugar, a exemplo disso o traçado Marajoara nos potes e pratos que só existem aqui. Mas foi observando o conhecimento popular medicinal que tive uma viagem mais antropológica sobre a influência e importância dos povos indígenas do Brasil.

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Mercado Ver-o-Peso.

O Mercado Ver-o-Peso inaugurado no ano de 1625 é considerado uma das sete maravilhas do Brasil. Foi construído com puro ferro e está num local estratégico as margens da baía do Guajará. Inicialmente foi chamado de Haver-o-peso pois servia de posto fiscal comercial para o controle do peso e, arrecadação de tributos das mercadorias trazidos para a sede da Capitania do Grão-Pará. O Mercado foi tombado pelo IPHAN em 1977 e hoje faz parte do conjunto arquitetônico e paisagístico que compreende uma série de construções históricas, incluindo o Mercado da Carne, a Praça do Pescador, a Praça do Relógio, a Doca, a Feira do Açaí, a Ladeira do Castelo e o Solar da Beira.

Perto dali, o Forte do Presépio, que é considerado uma das primeiras construções da cidade, guarda também um importante museu dedicado à cultura, história e arqueologia da cidade. Da mureta, onde estão os canhões, está uma das melhores vistas para o complexo do Ver-o-peso e a baía do Guajará.



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Forte do Presépio.

Na Casa das Onze Janelas ao lado da Igreja de Santo Alexandre, onde funciona o Museu de Arte Sacra do Pará, estão imagens e artefatos que remontam o período colonial da cidade e preserva os altares de madeira em estilo barroco. Parte integrante do complexo feliz lusitânia, berço da cidade. Nesta mesma quadra também está a igreja onde acontece umas das cenas religiosas mais importantes do Estado e a religiosidade católica do Brasil. A comemoração ao Círio de Nazaré acontece no segundo domingo de Outubro e é uma das maiores festas religiosas do mundo celebrada desde 1793. Em 2004, a comemoração foi reconhecida como patrimônio cultural imaterial pelo Iphan e, em dezembro de 2013, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.


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Monumento no Jardim Botânico.

A praça da república é um dos grandes pontos de encontro nos fins de semana, sendo bastante ocupada aos domingos para a prática de esporte ou mesmo piquenique. Já o jardim botânico Rodrigues Alves preserva espécimes da flora amazônica, possui 15 hectares e foi inspirado na área verde "Bois de Belogne", na França. O local tem mais de 130 anos e é um ótimo lugar de lazer e contato com a natureza.


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Jardim Botânico Rodrigues Alves.



 
 
 

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